Informações

Araucárias

Características 

Trata-se de uma formação florestal aberta e espaçada, com a presença de campos muitas vezes interrompidos por capões (manchas florestadas que assumem a forma circular) e semi-homogêna. Possui poucas espécies vegetais, com predomínio de pinheiros do gênero Araucária, que se acha representado na América do Sul por duas espécies: Araucaria araucana, no Chile e Argentina, e Araucaria angustifólia no Brasil e pequena área do nordeste argentino, representada pela Província de Misiones.

Assim, pode-se dizer que, na quase totalidade de sua área, é uma árvore endêmica no Brasil. De porte suntuoso, seu tronco eleva-se normalmente a 25-30 metros de altura, sem apresentar, quando árvore adulta, nenhuma ramificação, a não ser na parte mais alta, com a copa numa forma de taça, devido à disposição de seus ramos. Apenas no extremo de cada ramo é que se agrupam, em tufos, as folhas em forma de agulhas.




Clima e biodiversidade

Também aparecem associadas à araucária outras espécies vegetais, como a canela, a imbuia, a erva-mate e o cedro, além de grande variedade de espécies valorizadas pela indústria madeireira, como os ipês.

O clima típico da floresta de araucária é subtropical, com estações do ano bem definidas, temperaturas de moderadas a baixas no inverno e índice pluviométrico superior a 1.000 mm anuais.

Essas condições climáticas, em especial a elevada amplitude térmica (diferença entre a temperatura máxima e mínima), funcionam como fatores limitantes nesse bioma. Por isso, a biodiversidade é muito menor em relação às florestas equatoriais e tropicais.

O clima da região é subtropical, com chuvas regulares e estações relativamente bem definidas: o inverno é normalmente frio, com geadas freqüentes e até neve em alguns municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e o verão razoavelmente quente. As temperaturas variam de 30°C, no verão, até alguns graus negativos, no inverno rigoroso.

A umidade relativa do ar está relacionada à temperatura, com influência da altitude. Assim, nas zonas mais elevadas, a temperatura não é suficientemente elevada, diminuindo a umidade produzida pelas chuvas. As médias mais elevadas são resultados da influência oceânica sobre o clima e da transpiração dos componentes das matas pluviais existentes. Os maiores índices pluviométricos são registrados nos planaltos, com chuvas bem distribuídas por toda região.


Flora

A Floresta com Araucária ou Floresta Ombrófila Mista apresenta em sua composição florísticas espécies de lauráceas como a imbuia (Ocotea porosa), o sassafrás (Ocotea odorifera), a canela-lageana (Ocotea pulchella), além de diversas espécies conhecidas por canelas. Merecem destaque também a erva-mate (Ilex paraguariensis) e a caúna (Ilex theezans), entre outras aqüifoliáceas. Diversas espécies de leguminosas (jacarandá, caviúna e monjoleiro) e mirtáceas (sete-capotes, guabiroba, pitanga) também são abundantes na floresta com araucária, associadas também à coníferas como o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii).




Fauna

É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com indivíduos endêmicos, raros, ameaçados de extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico da Floresta Atlântica e Campos Sulinos.

Várias espécies estão ameaçadas de extinção: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-coleira, o caxinguelê, e o tamanduá.

Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o tiê-sangue, a araponga, o sanhaço, numerosos beija-flores, tucanos, saíras e gaturamos.

Entre os principais répteis desse ecossistema estão o teiú (um lagarto de mais de 1,5m de comprimento), jibóias, jararacas e corais verdadeiras. Numerosas espécies da flora e da fauna são únicas e características: a maioria das aves, répteis, anfíbios e borboletas são endêmicas, ou seja, são encontradas apenas nesse ecossistema. Nela sobrevivem mais de 20 espécies de primatas, a maior parte delas endêmicas.





Geologia e Relevo

O Estado do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul são formados, em sua maior extensão, por escarpas de estratos e planaltos que declinam suavemente em direção a oeste e noroeste. Apresentam grandes regiões geográficas naturais ou grandes paisagens naturais (Zona litorânea - orla marinha e orla da serra, Serra do Mar, Planaltos, Planícies costeiras, Serras Litorâneas e Planalto Ocidental).









Desmatamento

O desmatamento da mata das araucárias começou com a colonização alemã e italiana, ainda no século 19. Nas primeiras décadas do século 20, os colonos utilizavam a madeira para a construção de habitações, móveis e artigos domésticos. Houve, igualmente, o desmate de pequenos trechos, para a prática da policultura de alimentos.

Posteriormente, com o avanço da agricultura, vastas áreas de floresta cederam lugar ao cultivo de diversas culturas, como milho, trigo, videiras e árvores frutíferas, à medida que a região se transformava em importante fornecedora de madeira nativa para os mercados nacionais e internacionais.

Dos 100 mil quilômetros quadrados de matas de araucária que cobriam São Paulo e os estados da região Sul restam apenas 2%. Segundo especialistas, nos últimos 70 anos foram derrubados 100 milhões de exemplares dessa espécie para a fabricação de móveis. Em 2001, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) proibiu a extração e a comercialização de espécies da mata atlântica ameaçadas, como a araucária.




Mata dos cocais

A Mata dos Cocais é uma zona de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e as terras semi-áridas do Nordeste brasileiro.

Na verdade, separando as formações vegetais brasileiras, há faixas de transição que constituem unidades paisagísticas nas quais se misturam características das vegetações vizinhas, ou, ainda, áreas onde a falta de estabilidade das condições ecológicas originou uma interação entre elementos naturais bem diferentes das formações vegetais circundantes.

No caso da Mata dos Cocais, ela abrange, predominantemente, o Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e do Piauí), mas distribui-se também pelos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e de Tocantins.

No lado oeste, que abrange o Maranhão, o oeste do Piauí e o norte de Tocantins, a região é um pouco mais úmida devido à proximidade com o clima equatorial superúmido da Amazônia, sendo mais freqüente a ocorrência de uma espécie de palmeira, o babaçu. Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e os litorais do Ceará e do Rio Grande do Norte, predomina outra espécie de palmeira, a carnaúba.

A Mata dos Cocais é classificada como uma formação florestal, mas, na realidade, constitui uma formação vegetal secundária, por seu acentuado desmatamento. Desde o período colonial, a região é explorada economicamente pelo extrativismo de óleo de babaçu e a cera de carnaúba. Atualmente, porém, vem sendo desmatada pelo cultivo de grãos voltados para a exportação, com destaque para a soja.



Carnaúba

A carnaubeira (Copernicia cerifera), espécie típica do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, é uma palmeira que atinge, em média, 20 metros de altura e aparece em terrenos alagáveis ou agrupa-se nas várzeas de rios. Como tudo dessa palmeira pode ser aproveitado (tronco, folhas, fruto, palmito, raízes e as sementes), é conhecida como "árvore da providência".

O mais importante fator de renda para os extrativistas é a cera extraída das folhas, que é utilizada na fabricação de cosméticos, ceras industriais e domésticas, graxas, lubrificantes, discos, filmes fotográficos, papel carbono e outras aplicações.

De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), somente a coleta e o processamento da cera da carnaúba empregam mais de 200 mil trabalhadores dos três estados nordestinos (Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte).













Babaçu

A palmeira do babaçu (Orbyania martiana) apresenta a sua principal área de ocorrência nas faixas de transição limítrofes da floresta latifoliada equatorial. É encontrada em maior quantidade nos estados do Maranhão e do Piauí.

Achando-se na dependência de solos mais úmidos, localiza-se, na maioria das vezes, nos vales, formando grandes manchas e não formações contínuas. As matas de babaçu são identificadas sem dificuldade na paisagem.




Essa palmeira chega a atingir 20 metros de altura e dá de dois a seis cachos de coquilhos, dentro dos quais encontramos amêndoas.

Representa o babaçu uma grande e importante fonte de recursos no campo do extrativismo vegetal, em especial no Estado do Maranhão, pois o óleo extraído de suas amêndoas é muito utilizado em diversas indústrias (sabão, margarina, produtos químicos, etc.). A casca do coquilho também tem valor comercial, sendo aproveitado como biomassa na produção de energia.

Atualmente, somente no Estado do Maranhão, a extração da amêndoa existente no babaçu envolve mais de 300 mil famílias. A dificuldade até hoje encontrada de serem utilizados meios mecânicos para quebrar o coquilho (que é extremamente duro) vem, entretanto, impedindo um maior aproveitamento dessa riqueza natural.









Relevo


Esta zona tem muitas formas de relevo, como a planície, as depressões, o planalto, a estrutura rochosa formada por rochas cristalinas (formada por cristais) e sedimentares.

A formação do solo é laterítica "formada com óxidos de ferro e alumínio", além das estruturas neossólicas "solos mal-formados" e argilosos. O solo deste bioma é rico em minérios como ferro, níquel, ouro, bauxita, diamante, alumínio, além da argila caulim.

A condição do solo para as atividades agrícolas são regulares, porém em algumas áreas do Pará e Tocantins há um boa reserva de nutrientes para a agricultura e nas áreas do Maranhão e Piauí, e solos com excesso de alumínio e uma alta salinidade nos mangues.(é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais)





Vegetação e flora

A vegetação da Mata dos Cocais é composta de florestas tropicais e amazoneses secundários, ou, florestas "reconstituídas pós-desmatamento". São muitas características destes biomas como:


A maioria das árvores são babaçu, carnaúba, oiticica e buriti,


A biodiversidade de espécies de palmeiras, como o açaí;


As folhas das palmeiras são grandes e finas;


Nas menores altitudes, são ricas em espécies nativas de arbustos.


Clima

Esse ecossistema tem diferenças de clima, via estar a três tipos de climas: Equatorial úmido, Tropical semi-úmido e Tropical semi-árido.
Equatorial úmido: Com menos de 20% do clima deste bioma é o mais quente e chuvoso. A grande pluviosidade é o grande contato entre as correntes do Brasil, a proximidade da linha do Equador e a umidade pela potências dos aquíferos da bacia do Rio Araguaia e do Rio Tocantins, além dos ventos alísios do Centro de Alta Pressão da Antártica. A temperatura é de 20 a 40 graus e a pluviosidade acima de 2000 milímetros;
Tropical semi-úmido:Com mais de 65% do clima deste bioma tem influência ao Equatorial úmido, porém é um clima quente pelas correntes brasileiras e tem um menor precipitação, com uma pluviosidade entre 1000 a 2000 milímetros e uma temperatura de 23 a 36 graus;
Tropical semi-árido:Com 15% da ocupação do bioma é o clima mais seco, com precipitação entre 500 a 1000 milímetros e com uma temperatura de 25 a 40 graus.



Fauna



A fauna da Mata dos Cocais está sendo recuperada naturalmente. Na época de exploração na ditadura militar no Brasil facilitaram a exploração degratória da região dos estados do Pará e Tocantins, além dos recursos da Caatinga.

A fauna é muito diversificada, tendo, porém, poucos mamíferos de grande porte. Ao nível do solo há poucos animais, vivendo a maioria nas copas das árvores: aves, macacos, insetos, etc. Nas água dos rios podem ser encontrados o boto, a ariranha e o acará-
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